11 anos depois...

Em 1979 ele saiu "Do outro lado do muro" e tocou o "Terror"; 

Uns diziam que era "Mau", outros, que era "Perigoso" mas

a "História" tratou de mostrar que, apesar de ter

"Sangue na pista de dança", era "Invencível".

Parace irônico mas os títulos dos álbuns da fase solo/adulta de Michael Jackson - comparado

a sua vida turbulenta - acabam trazendo coicidências sobre seu apogeu, quando estava pronto para ganhar o mundo.

            

Ele saía, de fato, DO OUTRO LADO DO MURO (Off The Wall/79) para mostrar quem era e muitos não acreditaram...então, tocou o TERROR (Thriller/82) e acabou de uma vez com a concorrência em todos os aspectos. 

Amo esses álbuns, a negritune plena e o talento nato; as raìzes de Michael em seu melhor momento criativo que conquistou uma legião de fãs mundo afora, feito eu!

Tempos depois, cantou a bravata "Quem é MAU?" (Bad/87) em sua nova fase e foi taxado como tal por aparecer "branco" na capa do sucessor do álbum mais vendido do mundo.

Os críticos disseram uma vez que, se Michael estive negro na capa de Bad, com certeza o recorde de Thriller seria quebrado pois é uma obra prima do pop mas essa fase me permitiu atuar como cover do ídolo e me caracterizar de forma convincente.

O pior estava por vir e uma grave acusação iria por sua carreira em risco; ele agora era PERIGOSO (Dangerous/91) e estava sendo caçado pelo mídia e pelo mundo. 

É uma pena que Dangerous tenha vindo numa época de tanta atribulações pois tinha começado muito bem...é o meu preferido desde a capa até a música JAM, que me fascina desde a primeira vez que ouvi.

Mas a HISTÓRIA (HIStory/95) voltou a ser contada (e cantada!) afim que se conhecesse o ser humano que havia por trás da celebridade quando dizia: "antes de me julgar tente me amar". 

E, amar a discografia de Michael Jackson é muito fácil. Quem não acompanhava o astro e se deparou com esse albúm majestoso, luxuoso, grandioso, - onde literalmente visita seu passado, presente e futuro - rapidamente  correu para adquirir os anteriores, tenho certeza. HIStory, em especial, tenho como um troféu em casa!

Mas já havia SANGUE NA PISTA DE DANÇA (Blood on the dance floor/97) e após dois processos, polêmicas, difamações, humilhações...o astro foi INOCENTADO.

Esse foi o inferno astral de Jacko às vésperas de lançar o seu trabalho mais adulto, mais impactante! Uma pena que o foco se virou para o julgamento do século e só os fãs e poucos amantes da música podem entender o mais diferente dos álbuns e a intenção de inovar no concorrido mercado fonográfico mundial. 

A essa altura, quem mais, na face da terra, iria voltar e se autoploclamar INVENCÍVEL? (Invencible/2001) senão nosso eterno Rei do Pop?

Se não fossem os escândalos a campanha milionária em torno deste lançamento iria levar o Rei do Pop a bater de frente com a líderes da parada pois ele tinha bala na agulha, coragem e nome forte que fazia a concorrência tremer na base. Pena que - em virtude de ser seu último lançamento pelo selo - a Sony Music não atendeu as exigências do cantor e boicotou seu lançamento. 

Ainda assim Invicible é um álbum de respeito com belíssimas baladas e a impactante Umbreakable que seria a carro chefe (!?) Marca os 30 anos de carreira de Jacko e acabou sendo o último de inéditas em vida... 

O fato é que, 11 anos se passaram mas "ELE" continua reinando por aqui, pois quem é lembrando nunca morre! Os fãs não esquecem!

Sandro J. Kitt