domingo, 6 de julho de 2014

Analisando Xscape



Resolvi analisar "Xscape", o segundo álbum póstumo do rei do pop e, como sempre, me surpreendi (mais uma vez!), e entendi por quê somos (fãs), tão fascinados por este artista imortal.

Ele veio em boa hora, para não esquecermos (se é que é possível), que há 05 anos, perdemos "o melhor de todos" na arte da dança e da música pop mundial. A crítica diz que "as sobras" de albúns anteriores (entre 83 e 2001), trás a magnitude de Michael Jackson e não é por acaso que Xscape está no topo em 54 paìses.

Costumo ouvir apenas o início de cada música, quando pego um disco pela 1ª vez; é um ritual meu, com qualquer artista. Depois sigo uma a uma; gosto de estar sozinho, com o encarte em mãos. Não foi diferente com este, por isso, conheça o álbum aos olhos de um fã:

Faixa 1 - O amor nunca foi tão bom (1983)
Como a maioria dos fãs sabem, xscape é fruto de demos deixados por Michael ao longo de 38 anos de carreira e, algumas faixas, vazaram na net (ano após ano), tempos atrás; bem antes deste projeto, quando Jacko ainda estava por aqui; das 8 faixas de Xscape eu já possuìa 4, algumas com melodias diferentes das apresentadas tanto na versão original quanto final e a primeira faixa é uma delas. É uma balada de ritmo e letra agradáveis. Fala da relação de ida e volta de um casal que se ama e sabe que esse amor prevalecerá. A surpresa na versão "de luxo" do albúm é um dueto com Justin Timberlake, que alguns não aprovaram mas, particularmente, gostei demais do ritmo dançante e do clipe produzido. Os demos dessa versão mostram as mudanças feitas por grandes produtores tentando sempre, passar a essência do cantor. Faixa aprovadissíma!

Faixa 2 - Chicago (2001)
Naquela "primeira passagem" que tomo como ritual a cada albúm que adquiro, esta foi vista como "fraca" logo de cara. Foi preciso ouvi-la mais algumas vezes para conhecer e me adaptar! Cita um relacionamento com uma mulher casada, um paixão e um pedido de desculpas ao marido traìdo por não saber que ela tinha uma família, filhos...com pouco tempo foi fácil gostar da 2ª faixa de xscape, produzida na época de Invicible, o último albúm de inéditas (em vida!), de Michael.

Faixa 3 - Amando você (1987)
Essa é a 2ª faixa realmente inédita pra mim, uma linda canção de amor que encanta de primeira, inclusive a tradução que consiste no homem que não está bem e não quer sair de casa; prefere ficar na cama e convence a mulher a ficarem se amando. Suave na medida certa!

Faixa 4 - Um lugar sem nome (1998)
O início desta música submete a uma outra (Leave me alone/87), mas gostei muito dela; mais ainda quando me emocionei com sua tradução. Inicialmente parece um letra simples e fácil mas toma um rumo inesperado. É a única que não vou comentar para atiçar os curiosos a buscarem sua letra. Quem curte Michael Jackon vai entender o que digo, perfeita!

Faixa 5 - Escrava do ritmo (1987)
Fala de uma mulher escrava do ritmo do amor, para com seu par e com outros homens, uma espécie de prostituta com endereço, filhos e obrigações...
Já possuìa uma versão com batida eletrônica mais pulsante e estranhei a perda de ritmo nas versões original e final. A apresentação para divulgar xscape com holograma de Michael me habituou a nova roupagem mas esta música é uma das preferidas na minha seleção de raridades.

Faixa 6 - Onde estão seus filhos agora? (1991)
Mais forte impossível, a letra fala de abuso sexual a uma garota de 12 anos, pelo padrasto! Um tema forte e um pedido de atenção; mais uma mensagem passada em forma de música para que fiquemos atentos.

Faixa 7 - O gângster azul (1987)
Também possuìa essa canção e ainda sou fã da minha versão que é pouco diferente da lançada; é da época do albúm Bad e provavelmente concorria com  Smooth Criminal e Sreet Walker para ser lançada. Um gangster apaixonado e arrependido por ter se envolvido com uma mulher mentirosa promete vingança. 

Faixa 8 - Escapar (2001)
A faixa título também não era novidade pra mim mas a diferença na melodia, de início, não me agradou; a letra me lembra Scream, com Michael tentando "escapar" de tudo (pressão, situação, mídia, sistema...) e de todos, quase autobiogáfica! Mas não deixa de ser forte como deve ser.

Pra finalizar, os envolvidos no projeto acertaram em cheio na capa do disco, onde arrisco em dizer que é uma das mais belas, ficando atrás apenas de Dangerous/91. A nota final não fica abaixo de 10! 

Sandro J. Kitt


  

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